“Queremos
cisternas de placa!” foi a principal palavra de ordem da mobilização
pela convivência com o semiárido, que reuniu no dia 22 de Março, mais de
1500 pessoas na av. Bezerra de Menezes. A partir das 7 da manhã,
agricultores e agricultoras vindos de todo o Ceará participaram do ato
público que caminhou da igreja São Gerardo até a Secretaria do
Desenvolvimento Agrário do Estado. Na ocasião também foi comemorado o
encerramento da semana das águas como celebração do direito do acesso à
água, conquistado pelas famílias com a convivência com o semiárido.
“Já
são 100 mil cisternas construídas no Ceará. Mais de 500 mil pessoas
beneficiadas, com acesso à água potável, além de comunidades, e o
próprio estado, porque a compra de material também gera divisas. Não
faz sentido comprar uma cisterna que custa mais que o dobro, porque a de
plástico sai por 5 mil reais, enquanto a de placa custa R$2080. Aqui
no Ceará já fizemos cisterna de placa por R$ 1800, então é um gasto de
dinheiro público desnecessário”, argumenta Cristina Nascimento,
coordenadora da ASA. E ela ainda joga valores não monetários, como os
benefícios trazidos pelos processos, como a autonomia, a organização da
comunidade, pois as cisternas são construídas em mutirão, e a
auto-estima dos agricultores. “A velocidade das cisternas de plástico
não compensa isso”, finaliza.
Após
a mobilização, às 14 horas, aconteceu uma reunião com o secretário
Nelson Martins na qual estiveram presentes a coordenação do Fórum
Cearense pela Vida no Semiárido e representantes de cada uma das
microrregiões. Lá, o secretário garantiu que não iria extinguir as
cisternas de placas, mas também não tinha como se ausentar das de
plástico, pois o programa é nacional.
O
STTR de Itapajé diz não a Cisterna de Plastico, e em prova disso esteve
presente neste evento com aproximadamente 30 pessoas na maioria delas
beneficiarios da Cisterna de Placa.
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